Parque da Cidade Ocidental do Porto

Tipologia

Árvores
Bacias de retenção
Charcos
Fitorremediação
Lagos
Plantas aquáticas

Morada

Estrada Interior da Circunvalação, 15443 Aldoar

Promotor

CMP

Projetista

Sidónio Pardal

Área

83 ha

Custo

2,7 milhoes de euros

Investimento

Investimento da CMP apenas para o remate poente do parque, que permitiu a requalificação de 10 ha com expansão da área de fruição.

Apresentação

O Parque da Cidade do Porto, inaugurado em 1993 e projetado pelo arquiteto paisagista Sidónio Pardal, é a maior área verde urbana do país, com 83 hectares que se estendem até à orla marítima, tornando-o o único parque urbano europeu com frente para o mar. Desde a sua construção e nas suas três décadas de existência, foi sujeito a intervenções de alargamento e melhoria que foram integrando soluções de base natural para promover a sustentabilidade ambiental e urbana, e a adaptação às alterações climáticas. 

Numa rede de aproximadamente 10 km de caminhos, as suas amplas áreas verdes, a diversidade de árvores (cerca de 13000 árvores no total) e a gestão naturalizada dos solos contribuem para a regulação térmica, a melhoria da qualidade do ar e a conservação da biodiversidade. Os lagos, charcos e solos permeáveis funcionam como infraestruturas verdes que facilitam a retenção e infiltração da água da chuva, o que previne inundações e dá suporte aos ecossistemas aquáticos. Para além disso, o parque serve como habitat para várias espécies, incluindo algumas protegidas, como o sapo-unha-negra (Pelobates cultripes), e promove a conectividade ecológica dentro da cidade.

Para além dos benefícios ambientais, o parque tem uma importante função social e educativa. Incorpora espaços para observação da natureza, trilhos e programas como o “Observa!” que incentivam o envolvimento da comunidade e a educação ambiental. Proporciona locais para lazer, desporto e contacto com a natureza, contribuindo assim para o bem-estar físico e mental da população e visitantes. Assim, o Parque da Cidade é um exemplo claro de como soluções baseadas na natureza podem integrar conservação ambiental, adaptação climática e melhoria da qualidade de vida urbana.

Funções ecológicas

Melhoria da qualidade da água; Melhoria da qualidade de vida; Promoção da biodiversidade; Recarga de aquíferos; Redução de eventos climáticos extremos; Redução do ruído; Regulação da temperatura; Regulação de cheias e inundações; Sequestro de carbono

Objetivos do Desenvolvimento Sustentável

3 - Saúde de qualidade; 11 - Cidades e comunidades sustentáveis; 13 - Ação Climática; 15 - Proteger a vida terrestre

Resultados

Renaturalização de 6500 m²
Plantação de 1.370 árvores e 1.430 arbustos

OUTRAS SUGESTÕES

O Parque da Asprela, com 6 hectares, incluí diversas soluções de base natural, nomeadamente arborização, espelhos de água, 2 km de percursos acessíveis e uma bacia de retenção com capacidade para 10.000 m³ para controlar cheias. Promove a biodiversidade e oferece um espaço de lazer e bem-estar para a comunidade académica e a população em geral.
O Parque da Alameda de Cartes usa soluções de base natural para reter águas pluviais, evitar inundações e sustentar a vegetação. Com muitas árvores autóctones, melhora a qualidade do ar e o microclima local. Oferece caminhos para mobilidade sustentável e conecta a outras áreas verdes e a uma diversidade de serviços, promovendo a sustentabilidade urbana.
A Quinta de Salgueiros, com 6 hectares, está a ser reabilitada com soluções de base natural para melhorar a qualidade de vida, os serviços de ecossistema e aumentar a resiliência climática da área. Funcionará como um laboratório vivo para estudar e replicar práticas de ecologia urbana e adaptação às alterações climáticas.