Porto BioLab – Quinta de Salgueiros

Tipologia

Árvores
Bacias de retenção
Charcos
Fitorremediação
Hortas urbanas
Plantas aquáticas
Prados
Soluções de engenharia natural

Morada

Quinta de Salgueiros

Freguesia

Promotor

CMP/FCUP

Gestor

CMP

Projetista

José Miguel Lameiras e Paulo Farinha Marques

Área

6 ha

Custo

1,5 milhões de euros

Investimento

Programa H2020 - NBRACER

Apresentação

A Quinta de Salgueiros tem aproximadamente 6,36 hectares e aqui prevê-se a instalação de um novo parque para a cidade e que, ao mesmo tempo, será um laboratório vivo (BioLab).

A intervenção permitirá a reabilitação socio-ecológica desta área degradada, aumentando a qualidade de vida das pessoas, os serviços dos ecossistemas e a resiliência climática da região. Em simultâneo pretende-se que este espaço esteja aberto ao estudo e partilha de conhecimentos relacionados com soluções de base natural, ecologia urbana e alterações climáticas. As diferentes soluções testadas neste laboratório podem ser dimensionadas e replicadas noutros locais da cidade, do país e/ou da Europa.

O trabalho neste espaço iniciou-se há cerca de 10 anos com um diagnóstico inicial e a realização de diversas intervenções de preservação, enquanto se estruturava e planeava o financiamento para uma intervenção mais profunda. Entre as intervenções realizadas nesta fase intermédia contam-se a consolidação das ruínas da casa e capela, a vedação do espaço e a remoção de espécies invasoras.

É possível encontrar valor no edificado presente e consolidado desta antiga quinta (primeira referência de 1744) e na biodiversidade presente: 27 espécies de aves, 5 espécies de mamíferos, uma espécie de anfíbios, duas espécies de répteis, e 104 taxónes de flora distribuídos por 45 famílias.

Atualmente está em curso o anteprojeto para este novo Parque da Quinta de Salgueiros, cuja obra se espera iniciar no primeiro trimestre de 2027 (Fase 1: aproximadamente 3 ha)

Esta intervenção está enquadrada no projeto NBRACER que pretende desenhar e conceber soluções de base natural sustentáveis e de base local para o aumento da resiliência climática em diferentes regiões do Atlântico Norte. O projeto engloba parceiros de diferentes áreas biogeográficas da Europa para demonstração e replicação de soluções adequadas e adaptadas à especificidades climáticas de cada local.

Parceiros

GOPorto; Porto Ambiente; Águas e Energia do Porto; Infraestruturas de Portugal

Funções ecológicas

Infiltração de água no solo; Melhoria da qualidade da água; Melhoria da qualidade de vida; Promoção da biodiversidade; Redução de eventos climáticos extremos; Redução do ruído; Regulação da temperatura; Regulação de cheias e inundações; Sequestro de carbono

Objetivos do Desenvolvimento Sustentável

3 - Saúde de qualidade; 11 - Cidades e comunidades sustentáveis; 13 - Ação Climática; 15 - Proteger a vida terrestre; 17 - Parcerias para a implementação dos objetivos

OUTRAS SUGESTÕES

O Parque da Alameda de Cartes usa soluções de base natural para reter águas pluviais, evitar inundações e sustentar a vegetação. Com muitas árvores autóctones, melhora a qualidade do ar e o microclima local. Oferece caminhos para mobilidade sustentável e conecta a outras áreas verdes e a uma diversidade de serviços, promovendo a sustentabilidade urbana.
O Parque da Cidade do Porto integra soluções naturais para sustentabilidade e adaptação climática. Com áreas verdes, lagos e solos permeáveis, regula temperatura, melhora o ar, retém água e apoia ecossistemas. Serve também de espaço social e educativo, unindo natureza, lazer e bem-estar urbano.
O Parque da Asprela, com 6 hectares, incluí diversas soluções de base natural, nomeadamente arborização, espelhos de água, 2 km de percursos acessíveis e uma bacia de retenção com capacidade para 10.000 m³ para controlar cheias. Promove a biodiversidade e oferece um espaço de lazer e bem-estar para a comunidade académica e a população em geral.