A Quinta de Salgueiros tem aproximadamente 6,36 hectares e aqui prevê-se a instalação de um novo parque para a cidade e que, ao mesmo tempo, será um laboratório vivo (BioLab).
A intervenção permitirá a reabilitação socio-ecológica desta área degradada, aumentando a qualidade de vida das pessoas, os serviços dos ecossistemas e a resiliência climática da região. Em simultâneo pretende-se que este espaço esteja aberto ao estudo e partilha de conhecimentos relacionados com soluções de base natural, ecologia urbana e alterações climáticas. As diferentes soluções testadas neste laboratório podem ser dimensionadas e replicadas noutros locais da cidade, do país e/ou da Europa.
O trabalho neste espaço iniciou-se há cerca de 10 anos com um diagnóstico inicial e a realização de diversas intervenções de preservação, enquanto se estruturava e planeava o financiamento para uma intervenção mais profunda. Entre as intervenções realizadas nesta fase intermédia contam-se a consolidação das ruínas da casa e capela, a vedação do espaço e a remoção de espécies invasoras.
É possível encontrar valor no edificado presente e consolidado desta antiga quinta (primeira referência de 1744) e na biodiversidade presente: 27 espécies de aves, 5 espécies de mamíferos, uma espécie de anfíbios, duas espécies de répteis, e 104 taxónes de flora distribuídos por 45 famílias.
Atualmente está em curso o anteprojeto para este novo Parque da Quinta de Salgueiros, cuja obra se espera iniciar no primeiro trimestre de 2027 (Fase 1: aproximadamente 3 ha)
Esta intervenção está enquadrada no projeto NBRACER que pretende desenhar e conceber soluções de base natural sustentáveis e de base local para o aumento da resiliência climática em diferentes regiões do Atlântico Norte. O projeto engloba parceiros de diferentes áreas biogeográficas da Europa para demonstração e replicação de soluções adequadas e adaptadas à especificidades climáticas de cada local.