Ribeira da Granja

Tipologia

Árvores
Bacias de retenção
Fitorremediação
Galerias ripícola
Plantas aquáticas
Soluções de engenharia natural

Morada

Rua José Silva Passos

Freguesia

Promotor

Águas e Energia do Porto

Área

9.624 m² (Fase 1) + 13.560 m² (Fase 2) + 1.900 m² (Fase 3) + 5.700 m² (Fase 4) + 1.800 m² (Fase 5)

Custo

671.776€ (Fase 1: 224.695€ + Fase 2: 311.438€ + Fase 3: 54.875€ + Fase 4: 80.765€)

Investimento

Fundo de Proteção de Recursos Hídricos: 174.696 €

Apresentação

A ribeira da Granja, conhecida por ribeira do Ouro, Nª Sra da Ajuda, Naus ou Lordelo, tem uma das maiores bacias hidrográficas do concelho. Com vários afluentes, está maioritariamente entubada e desagua no rio Douro.
Foi sendo recuperada por vários troços:
  • Fase 1 – Troço do Viso (2010): as intervenções incluíram a limpeza e desobstrução do leito e margens, estabilização de margens por técnicas de engenharia natural em zonas onde se verificava maior erosão, assim como plantação de espécies autóctones, de forma a reabilitar a galeria ribeirinha.
  • Fase 2 – Quinta do Rio (2011): a intervenção consistiu no desentubamento e na requalificação do leito e margens da ribeira da Granja, tendo sido realizada numa perspetiva de valorização das funções de proteção de recursos hídricos, de controlo de cheias e de prevenção de riscos ambientais. Os objetivos principais desta intervenção foram melhorar as condições de drenagem e de escoamento de sedimentos desta linha de água, em situações normais e extremas de precipitação, bem como restituir de forma sustentada e integrada a boa qualidade ambiental que já existiu no passado.
  • Fase 3 – Ramalde do Meio (2013): A terceira fase de reabilitação da ribeira da Granja consistiu na requalificação do leito e margens do troço de Ramalde do Meio, compreendido entre a rua Ramalde do Meio e a rua de Requesende. Esta intervenção permitiu estabelecer uma ligação entre as estações de Metro de Francos e Viso, a Escola EB 2/3 do Viso, a rua de Requesende, a zona habitacional da Prelada e a Estrada da Circunvalação (EN12), permitindo a conexão destes diferentes pontos da cidade através de um circuito pedonal e ciclável.
  • Fase 4 – Requesende (2013): A zona do troço de Requesende insere-se numa malha urbana consolidada, com forte densidade populacional e um intenso fluxo de pessoas e veículos motorizados. O principal propósito da intervenção foi recuperar o ecossistema fluvial e criar novos nichos ecológicos, compatibilizando a sua preservação com o usufruto pela população residente. Pretendia-se, também, tornar segura e confortável a circulação de pessoas nesta área, nomeadamente de peões e ciclistas, através de uma via partilhada pedonal/ciclável, que permitisse uma ligação mais estreita com a ribeira e o espaço envolvente devido ao seu traçado meandrizado.
  • Fase 5 – SACHE (2014): No âmbito da construção do Empreendimento Habitacional SACHE, o promotor procedeu ao desentubamento e reabilitação deste troço da ribeira da Granja.
Algumas das intervenções foram identificadas no Plano de Valorização e Reabilitação das Linhas de Água do Município do Porto (PVRLA) que tem como objetivo promover a proteção e valorização dos rios e ribeiras da cidade do Porto com vista a uma melhor adaptação aos efeitos das alterações climáticas. O plano terá sequência num projeto mais alargado – o Porto + Permeável – através do qual muitas das medidas apresentadas irão ser implementadas.

Funções ecológicas

Controlo / redução da erosão do solo; Melhoria da qualidade da água; Melhoria da qualidade de vida; Promoção da biodiversidade; Redução de eventos climáticos extremos; Redução do ruído; Regulação da qualidade do ar; Regulação da temperatura; Regulação de cheias e inundações; Sequestro de carbono

Objetivos do Desenvolvimento Sustentável

3 - Saúde de qualidade; 11 - Cidades e comunidades sustentáveis; 15 - Proteger a vida terrestre

Resultados

804 m de linha de água reabilitada
197,5 m de linha de água desentubada e requalificada
1394 m de caminho pedonal

OUTRAS SUGESTÕES

A Ribeira da Asprela foi recuperada em troços com diferentes soluções de base natural: no Outeiro (2009), técnicas de engenharia natural estabilizaram o leito e margens; na Quinta das Lamas (2015), o desentubamento promoveu a requalificação e renaturalização; e no Parque Central (2022), foram criadas três bacias de retenção para 10 mil m³.
O Intercetor do Rio Tinto pretende melhorar a qualidade da água do rio, encaminhando os efluentes tratados das ETAR diretamente para o rio Douro, uma vez que o Rio Tinto não apresenta capacidade de autodepuração e regeneração suficiente. Foi promovida, também, a reabilitação do leito e margens, e a criação de um parque urbano.